Lucas Braathen, o primeiro brasileiro a vencer uma etapa da Copa do Mundo de esqui alpino, celebra feito inédito e recebe rena como prêmio especial em Levi, Finlândia.
Em um domingo de 16, o esquiador alpino brasileiro Lucas Pinheiro Braathen, de 25 anos, alcançou um feito espetacular ao vencer a etapa de slalom da Audi FIS World Cup em Levi, Finlândia. Esta vitória não apenas marca seu nome nos anais do esporte, mas também o consagra como o primeiro atleta do Brasil a subir ao pódio mais alto em uma competição de Copa do Mundo de esqui alpino.
O triunfo veio acompanhado de um prêmio incomum e tradicional do evento: uma rena. Braathen, que retornou às pistas após 13 meses afastado, demonstrou uma performance excepcional, combinando velocidade, precisão e frieza na desafiadora pista Levi Black. Ele construiu uma vantagem sólida na primeira descida e, mesmo com um pequeno tropeço na segunda, garantiu a vitória.
A conquista é carregada de significado pessoal para Braathen. “Essa vitória é muito mais pessoal do que uma vitória para o atleta que sou. É uma vitória para mim… e para o propósito que eu tenho”, declarou o esquiador, que descreveu a sensação de ouvir o hino nacional brasileiro no extremo norte do Círculo Polar Ártico como um “momento de ciclo completo”. Conforme divulgado na fonte, o atleta já havia conquistado cinco vitórias na Copa do Mundo representando a Noruega, mas este triunfo pelo Brasil tem um peso especial, reforçando sua missão de expandir o esqui alpino para além de suas fronteiras tradicionais.
Um prêmio singular e uma homenagem especial
Como é tradição na etapa de Levi, o campeão é presenteado com uma rena. Lucas Braathen, pela primeira vez, levou para casa este peculiar prêmio. Em um gesto de carinho e reconhecimento, o atleta decidiu batizar a rena de Bjorn, em homenagem ao seu pai, Bjorn Froelich Braathen, que o introduziu ao esporte. Embora a rena vá residir na Fazenda de Renas Ounaskievari, na Finlândia, Braathen terá a oportunidade de visitá-la em futuras idas à Lapônia.
Superando desafios e inspirando outros
A prova em Levi não foi isenta de desafios. Na segunda descida, Braathen cometeu um pequeno erro de cálculo em um trecho íngreme, mas sua capacidade de recuperação foi notável. Ele conseguiu se recompor rapidamente e cruzar a linha de chegada, selando sua vitória histórica. O esquiador francês Clement Noel, campeão olímpico de slalom, ficou com a segunda colocação, seguido pelo finlandês Eduard Hallberg, que conquistou seu primeiro pódio em casa.
A força da individualidade e a crença no potencial
Braathen ressaltou a importância da individualidade em sua trajetória e incentivou outros a acreditarem em seu potencial. “Acredite no seu superpoder”, exclamou o atleta, reforçando a mensagem de que é possível alcançar grandes feitos ao seguir o próprio caminho e confiar nas próprias habilidades. Essa vitória não é apenas um marco para o esqui alpino brasileiro, mas também uma inspiração para que mais brasileiros se aventurem em esportes menos tradicionais.
A conquista de Lucas Braathen na Copa do Mundo de esqui alpino é um testemunho de perseverança, talento e da força de representar o seu país. O prêmio inusitado, a rena, simboliza a singularidade desta vitória e o forte vínculo do atleta com suas raízes e com o esporte que tanto ama.
