Marcelo Bielsa se define como ‘tóxico’ e assume responsabilidade por má fase do Uruguai: ‘Se relacionar comigo piora quem está comigo’

Bielsa se autodefine como ‘tóxico’ e assume culpa pela fase do Uruguai

O técnico Marcelo Bielsa, conhecido por sua intensidade e método de trabalho peculiar, fez uma autocrítica contundente em relação à atual fase da seleção uruguaia. Em uma reflexão pessoal, o argentino admitiu ser uma figura “tóxica” dentro do ambiente de trabalho, assumindo a responsabilidade pelos erros cometidos.

O treinador explicou que sua natureza o leva a ser excessivamente exigente e focado no trabalho, o que, segundo ele, pode prejudicar as pessoas ao seu redor. Essa característica, segundo Bielsa, está ligada ao medo da derrota, que supera o prazer da vitória, um sentimento comum entre muitos treinadores.

A declaração foi feita após uma série de resultados insatisfatórios, incluindo um empate sem gols contra o México e uma derrota para os Estados Unidos em amistosos recentes. Bielsa aproveitou para detalhar sua visão sobre a pressão e a busca constante por aperfeiçoamento, algo que moldou sua carreira ao longo de 40 anos.

A ‘toxicidade’ de Bielsa e a busca pela perfeição

“Eu sempre digo uma coisa: eu sou tóxico. Se relacionar comigo piora quem está comigo”, afirmou Bielsa, explicando que sua dificuldade em desfrutar das vitórias está associada a um medo constante de perder. “A gente teme perder muito mais do que desfruta ganhar, pergunte a qualquer treinador”, complementou.

O comandante uruguaio contrastou sua abordagem com a de outros grandes nomes do futebol, como Johan Cruyff e César Luis Menotti, que, segundo ele, viviam o esporte de forma diferente. “Eu gostaria de viver diferente, mas é o que me tocou. Isso se formou ao longo de 40 anos”, disse.

Bielsa garante permanência e mira Copa do Mundo de 2026

Apesar da autocrítica e do momento delicado, Marcelo Bielsa reafirmou seu compromisso com a seleção uruguaia. O técnico declarou ter o mesmo “respaldo” e “força” desde o início para continuar no comando da Celeste até a Copa do Mundo da FIFA de 2026.

“Se em algum momento ponderei que não devia continuar ou me demitir, não foi agora”, concluiu Bielsa, mostrando confiança em seu projeto e na possibilidade de reverter o quadro atual, visando o principal torneio de seleções do mundo.

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