Advogado de Bolsonaro reage com ‘grande indignação’ à prisão preventiva e alega ‘prisão vergonhosa’ e tentativa de violação da tornozeleira

Advogado de Bolsonaro expressa profunda revolta com prisão preventiva e questiona a justificativa da tornozeleira eletrônica

A defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro manifestou “grande indignação” em relação à decretação de sua prisão preventiva. O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno criticou duramente a medida, destacando os problemas de saúde do ex-presidente e classificando a situação como uma “prisão vergonhosa”.

A decisão de prender Bolsonaro foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, após uma convocação para uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside, feita pelo senador Flávio Bolsonaro. A defesa argumenta que Bolsonaro sempre se mostrou disponível e compareceu a todos os atos processuais, inclusive espontaneamente.

“Trata-se de um indivíduo que compareceu a todos os atos do processo antes mesmo de ser convocado, sempre esteve disponível e nunca se esquivou de responder a qualquer ato”, declarou o advogado, conforme divulgado nas fontes.

Saúde frágil e comparações com outros ex-presidentes

O advogado enfatizou os graves problemas de saúde de Bolsonaro, citando as seis cirurgias pelas quais o ex-presidente passou desde a facada, incluindo uma de 12 horas. Ele mencionou internações por semi obstruções intestinais e a erisipela, ressaltando a “situação extremamente frágil” de saúde.

Cunha Bueno comparou a situação de Bolsonaro com a do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que está em prisão domiciliar devido a apneia do sono e Parkinson. “É inconcebível que o ex-presidente Fernando Collor de Mello seja mantido em prisão domiciliar por conta de apneia do sono e de doença de Parkinson, enquanto o presidente Bolsonaro seja submetido a uma prisão vergonhosa nas dependências da Polícia Federal, diante de todo o estado gravíssimo de saúde que ele apresenta”, afirmou o advogado.

Tornozeleira eletrônica: “Narrativa para justificar o injustificável”

Sobre a questão da tornozeleira eletrônica, o advogado de Bolsonaro a classificou como uma “narrativa que tenta justificar o injustificável”. Ele argumentou que Bolsonaro não teria como se evadir de sua residência, pois está sob vigilância constante com uma viatura armada com agentes federais 24 horas por dia.

“O presidente Bolsonaro não teria, de forma alguma, como subtrair-se ou evadir-se de sua casa. Ele tem uma viatura armada com agentes federais 24 horas por dia, 7 dias por semana, na porta da casa dele”, disse. Ele ainda acrescentou que a tornozeleira se tornou um “símbolo da pena infamante”, visando apenas causar humilhação, sem qualquer necessidade real.

“Desconheço qualquer indivíduo no Brasil que, tendo tornozeleira eletrônica com escolta permanente da Polícia Federal na porta de sua casa, poderia fugir. Essa tornozeleira não tinha motivo para que ele a tivesse”, concluiu o advogado, demonstrando o forte descontentamento da defesa com as medidas adotadas contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

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