Cantor de Pagode Acusado de Agressões Brutais Contra Ex e Idoso na Baixada Santista: Reincidência e Medida Protetiva Revogada

Denúncia de violência doméstica contra cantor de pagode em São Vicente choca a região, levantando preocupações sobre a reincidência e a eficácia das medidas de proteção à mulher.

Um cantor de pagode de 31 anos está no centro de uma nova e grave denúncia de violência doméstica em São Vicente, litoral de São Paulo. A vítima, sua ex-companheira de 32 anos, registrou um novo boletim de ocorrência relatando agressões físicas ocorridas na noite de terça-feira (18).

De acordo com a advogada da vítima, Beatriz Bahiense dos Santos, o músico já respondia a outro inquérito por violência doméstica e possuía uma medida protetiva em seu desfavor, que foi retirada pela própria vítima poucos dias antes da nova agressão. A defesa da mulher detalha que a pensão alimentícia e a convivência com o filho do casal, de três anos, são os principais motivos dos conflitos.

As agressões teriam ocorrido na residência da vítima, no bairro Vila Nossa Senhora de Fátima. Segundo a advogada, o cantor a insultou e agrediu fisicamente. No dia seguinte, ela registrou o primeiro boletim de ocorrência e solicitou a medida protetiva, que o afastou do convívio com o filho.

Violência Escalou com Agressão ao Avô da Vítima

A situação se agravou na noite de terça-feira (18). Conforme relatado pela defesa da vítima, o cantor desferiu um soco no rosto dela, que caiu sobre o filho. Mesmo com a criança presente, as agressões continuaram, com o músico tentando estrangular a ex-companheira. Ao tentar defender a neta, o avô da vítima, um idoso de quase 70 anos, foi empurrado pelo cantor e caiu no chão.

A vítima conseguiu acionar a polícia, mas o agressor fugiu antes da chegada da equipe policial, evitando ser pego em flagrante. O novo boletim de ocorrência investiga o cantor por violência doméstica, injúria e lesão corporal, casos que tramitam na Delegacia da Mulher Online de São Vicente.

Reincidência e Busca por Justiça sob a Lei Maria da Penha

A advogada Beatriz Bahiense dos Santos afirmou que, após a conclusão das investigações e a coleta de todas as provas necessárias, será ingressada uma ação criminal fundamentada na Lei Maria da Penha e na Lei do Feminicídio. A expectativa é que a justiça seja feita e que medidas eficazes sejam tomadas para proteger a vítima e coibir a reincidência do agressor.

A retirada da medida protetiva, segundo a defesa, ocorreu após **pressão do agressor e de seus familiares**, o que demonstra a complexidade e os desafios enfrentados pelas vítimas de violência doméstica. O caso ressalta a importância de políticas públicas robustas e do apoio contínuo às mulheres em situação de vulnerabilidade.

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