Cores nas Tarjas de Medicamentos: Entenda o Significado de Cada Cor e Evite Erros Perigosos

Entenda o significado de cada cor das tarjas dos medicamentos e garanta sua segurança

Você já se perguntou por que as caixas de alguns medicamentos exibem cores distintas em suas embalagens? A resposta está na regulamentação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece um sistema de classificação para garantir a segurança dos pacientes e a correta dispensação dos remédios.

Essa padronização visual é crucial não apenas para alertar sobre os riscos associados a cada medicamento, mas também para auxiliar os farmacêuticos a assegurar que a medicação entregue ao paciente seja exatamente a prescrita pelo profissional de saúde.

Compreender o significado de cada cor é um passo fundamental para o uso consciente e seguro de medicamentos. Conforme explicado pelo portal LeoDias, cada tonalidade na tarja de um medicamento carrega informações importantes sobre sua natureza e as condições para sua aquisição e uso.

Medicamentos Isentos de Prescrição: A Ausência de Tarja

Medicamentos que não possuem tarja colorida são classificados como isentos de prescrição médica (MIP). Isso significa que eles podem ser adquiridos diretamente nas farmácias sem a necessidade de uma receita. Apesar dessa facilidade, os MIPs ainda precisam atender a rigorosos padrões de qualidade, segurança e eficácia definidos pela legislação sanitária.

Esses medicamentos são geralmente indicados para o tratamento de condições de saúde consideradas não graves, aquelas com evolução lenta ou que não se agravam rapidamente. A Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição (LMIP) contém todos os fármacos que se enquadram nesta categoria, oferecendo opções seguras para o alívio de sintomas comuns.

Tarja Amarela: Genéricos e a Versatilidade da Prescrição

A tarja amarela em uma embalagem de medicamento indica que se trata de um medicamento genérico. Os genéricos são equivalentes aos medicamentos de referência em termos de composição, segurança e eficácia, e costumam ter um custo menor. Eles podem ou não exigir receita médica para serem vendidos.

Quando a tarja amarela aparece em conjunto com outras cores, como o vermelho ou o preto, ela se junta ao grupo dos medicamentos tarjados, indicando a necessidade de atenção redobrada. A presença do amarelo, em si, não define a obrigatoriedade da receita, mas sinaliza que o medicamento é um genérico e pode ter particularidades em sua dispensação.

Tarja Vermelha: Risco Intermediário e Prescrição Médica

Medicamentos com tarja vermelha apresentam um risco intermediário de efeitos adversos e, por isso, exigem prescrição médica para sua aquisição. A Anvisa estabelece que o uso dessas medicações deve ser sempre orientado por um profissional de saúde.

Essa categoria é subdividida em duas: aqueles cuja receita médica não fica retida na farmácia após a compra, e aqueles que estão sujeitos a controle especial e cuja receita deve ser retida. A embalagem do medicamento informa claramente a necessidade de prescrição e, quando aplicável, a obrigatoriedade de retenção da receita, além de detalhar os potenciais riscos associados ao seu uso.

É fundamental ressaltar que, no Brasil, é estritamente proibido o uso de cores nos rótulos de medicamentos que possam causar confusão ou induzir a erros na identificação da tarja vermelha, garantindo que a mensagem de segurança seja clara para todos.

Tarja Preta: Alto Risco e Controle Rigoroso

A tarja preta é reservada para os medicamentos que apresentam o maior nível de risco. Geralmente, esses fármacos atuam diretamente no sistema nervoso central e podem causar dependência ou, em casos mais graves, levar ao óbito se utilizados de forma inadequada.

Por essa razão, a aquisição de medicamentos com tarja preta é permitida apenas mediante apresentação de prescrição médica. Além disso, a receita médica utilizada para a compra desses medicamentos deve ser retida pela farmácia, servindo como um registro formal da transação e do acompanhamento profissional.

As letras utilizadas nos rótulos para identificar o nome comercial do medicamento e a denominação genérica dos princípios ativos devem ser de fácil leitura e possuir o mesmo destaque, assegurando que todas as informações relevantes sejam acessíveis ao consumidor e ao profissional de saúde.

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