Louvre Reabre: Joias Milionárias Roubadas em 7 Minutos; Galeria de Apolo Fechada Após Crime Chocante

Louvre reabre com segurança reforçada após roubo milionário de joias, Galeria de Apolo permanece fechada

O icônico Museu do Louvre, em Paris, reabriu suas portas nesta quarta-feira (22), recebendo visitantes pela primeira vez desde o audacioso roubo de joias que chocou o mundo. O local permaneceu fechado por três dias para investigações e reforço de segurança. O crime, que resultou no furto de oito peças de valor inestimável, avaliadas em mais de R$ 550 milhões, ocorreu no domingo (19).

A Galeria de Apolo, onde estavam expostas as joias roubadas, continua interditada. Turistas que planejavam a visita foram surpreendidos com o fechamento, gerando críticas pela falta de aviso prévio. As autoridades francesas prometeram reembolsos aos visitantes afetados.

O roubo das joias, que pertenceram à realeza francesa, é considerado um ataque ao patrimônio histórico do país. O presidente Emmanuel Macron assegurou que tudo está sendo feito para recuperar as peças e punir os responsáveis. A polícia segue na busca por ao menos quatro suspeitos que participaram da ação.

O audacioso assalto em sete minutos

Conforme informação divulgada pelo g1, o roubo foi executado em impressionantes sete minutos. Ladrões usaram um guindaste para acessar a Galeria de Apolo, quebraram uma janela e subtraíram as joias da coroa. A operação foi rápida e eficiente, demonstrando um planejamento detalhado dos criminosos.

O veículo utilizado para o guindaste estava estacionado próximo ao museu. Após a invasão, os assaltantes fugiram de moto, juntando-se a comparsas que aguardavam do lado de fora. A ação coordenada deixou as autoridades em alerta máximo.

Joias de valor inestimável levadas, mas um item valioso ficou para trás

Nove peças foram inicialmente relatadas como roubadas, mas uma delas, a coroa da imperatriz Eugênia, foi recuperada danificada em uma rua próxima. Entre os itens ainda desaparecidos estão uma coroa com safiras e quase 2.000 diamantes, um colar com safiras do Sri Lanka e um conjunto de joias da imperatriz Maria Luisa. Um broche da imperatriz Eugênia, adquirido pelo Louvre em 2008 por € 6,72 milhões (cerca de R$ 42,2 milhões), também está entre os objetos furtados.

Surpreendentemente, o item mais caro da coleção, o diamante Regent de 140 quilates, avaliado em US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 377 milhões), não foi levado pelos ladrões. A segurança reforçada em torno das joias mais valiosas pode ter sido um fator determinante.

Suspeitos foragidos e linhas de investigação

Até o momento, ninguém foi preso ou identificado. As autoridades estão analisando imagens de câmeras de segurança e interrogando funcionários na tentativa de identificar os envolvidos. A possibilidade de envolvimento de funcionários do museu para facilitar a entrada dos ladrões está sendo considerada.

A promotora de Paris, Laure Beccuau, afirmou que todas as hipóteses estão sendo investigadas. Uma das linhas de apuração é que o roubo tenha sido encomendado por um colecionador particular. O envolvimento do crime organizado, com as joias possivelmente usadas para lavagem de dinheiro, também não está descartado.

Indignação e reforço na segurança

O roubo gerou grande indignação na França. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, lamentou o ocorrido e enfatizou o “valor inestimável” das peças, classificando-as como um “verdadeiro patrimônio”. Ele também determinou o reforço da segurança em museus e instituições culturais por todo o país.

A ministra da Cultura, Rachida Dati, confirmou que ninguém se feriu durante a ação. Relatos de visitantes, como o da brasileira Aline Lemos Ferreira, que filmou o momento de tensão, e de turistas americanos e colombianos que criticaram a falta de aviso sobre o fechamento, evidenciam o impacto do evento. O Louvre, o museu mais visitado do mundo, retomou suas atividades, mas a Galeria de Apolo permanece um lembrete silencioso do audacioso roubo de joias.

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