Deputado Nikolas Ferreira reage com veemência à prisão de Jair Bolsonaro e ataca ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “mente doentia”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) manifestou indignação e fez fortes críticas à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado (22/11). Em vídeo divulgado nas redes sociais, Ferreira classificou a ação como um ato de perseguição ideológica, direcionando seus ataques ao magistrado.
“Imagina você ser preso porque seu filho chamou uma vigília para você? Ontem, eu disse que Bolsonaro poderia ser preso hoje (sábado), e isso não era nenhuma profecia. Era apenas uma constatação da mente doentia do Moraes, que transformou o sistema de justiça do país em um instrumento de perseguição ideológica”, declarou o parlamentar, de 29 anos, em referência à decisão que levou à detenção de Bolsonaro.
Segundo o deputado, a data da prisão, 22 de novembro, número associado por Bolsonaro em sua última campanha presidencial, não seria uma coincidência. Nikolas Ferreira relembrou que, nas eleições de 2022, o ministro Alexandre de Moraes impôs uma multa de R$ 22 milhões ao Partido Liberal (PL) por litigância de má-fé, após o partido questionar a validade de parte dos votos.
Defesa da “civilização” contra a “tirania”
Ferreira enfatizou que a situação transcende a esfera política individual. “O que está em jogo não é um político. É a fronteira entre a civilização e a tirania”, afirmou o deputado. Ele também dirigiu uma mensagem de encorajamento aos apoiadores do ex-presidente, lembrando o slogan “Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos”.
Contexto da prisão preventiva
É importante notar que a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada neste sábado (22/11), não está diretamente ligada à condenação em 27 anos pela tentativa de golpe de Estado. A ordem judicial, de caráter cautelar, atendeu a um pedido da Polícia Federal. A medida foi expedida após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente à residência do pai, o que levantou preocupações sobre possível interferência e obstrução nas fiscalizações de medidas cautelares e da prisão domiciliar.
O deputado expressou sua crença na proteção divina. “Deus vai fazer com que a gente não retroceda nem um milímetro”, completou Nikolas Ferreira, demonstrando confiança na reversão do cenário atual.
A decisão de Alexandre de Moraes gerou reações diversas entre aliados de Bolsonaro, que classificaram a ação como injustiça e abuso. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também se pronunciou criticando a medida como “maldade e perseguição exacerbada”.
