Turistas flagraram o suspeito na trilha do Matadeiro, em Florianópolis, momentos antes do feminicídio de Catarina Kasten, com fotos sendo essenciais para a rápida identificação e prisão de Giovane Corrêa Mayer.
A identificação do autor do feminicídio de Catarina Kasten, de 31 anos, ocorrido na popular trilha do Matadeiro, em Florianópolis, teve um papel crucial nas mãos de turistas. Duas visitantes que caminhavam pelo local registraram o suspeito em fotografias instantes antes do crime, um detalhe que se provou fundamental para a investigação policial.
As imagens, capturadas sem que as turistas soubessem, mostraram o homem observando a mata, e posteriormente, foram decisivas para confirmar a identidade de Giovane Corrêa Mayer. Ele foi preso em flagrante ainda na manhã do crime e, posteriormente, confessou ter asfixiado e violentado sexualmente Catarina. A polícia também reuniu vídeos, depoimentos e laudos para comprovar a dinâmica do brutal assassinato.
Conforme informação divulgada pela polícia, as fotos tiradas pelas turistas foram um dos elementos mais importantes para a rápida ação que levou à prisão de Giovane Corrêa Mayer. O caso chocou a região e trouxe à tona a importância da colaboração cidadã em investigações criminais, especialmente em locais de grande circulação como a trilha do Matadeiro.
Crime ocorreu em área de mata na famosa trilha do Matadeiro
Catarina Kasten, moradora da região e estudante de pós-graduação na UFSC, saiu de casa cedo para ir a uma aula de natação. Ela foi atacada em uma área de mata na trilha, um dos cartões postais de Florianópolis. Um vídeo obtido pela polícia mostra o suspeito correndo pela areia da praia pouco tempo depois de Catarina passar pelo mesmo ponto.
Além das fotografias tiradas pelas turistas, a investigação policial contou com a análise de imagens de câmeras de segurança da região, oitiva de moradores locais e de outras pessoas que frequentavam a trilha no início da manhã. Essa combinação de provas foi essencial para a construção do caso.
Laudo confirma asfixia e indícios de violência sexual
O laudo da Polícia Científica, divulgado na segunda-feira seguinte ao crime, confirmou que a causa da morte de Catarina Kasten foi asfixia por estrangulamento. O documento também indicou fortes indícios de violência sexual, detalhando a brutalidade do ataque sofrido pela vítima.
Giovane Corrêa Mayer, natural de Viamão, no Rio Grande do Sul, reside em Florianópolis desde 2019. Segundo a Polícia Militar, ele costumava frequentar a trilha onde o crime ocorreu. No dia do assassinato, ele alegou estar voltando de uma festa, onde teria consumido bebida alcoólica.
Defesa Pública acompanha o caso do suspeito
A defesa de Giovane Corrêa Mayer está sendo realizada pela Defensoria Pública. Em nota oficial, o órgão ressaltou sua missão constitucional de prover atendimento jurídico integral e gratuito a pessoas em situação de vulnerabilidade. Isso inclui tanto vítimas de violência de gênero quanto investigados que não possuem advogado constituído.
A trilha do Matadeiro, onde ocorreu o crime, é uma das mais conhecidas e frequentadas no sul de Florianópolis. Ela atravessa uma área de mata atlântica preservada e é um ponto turístico popular durante todo o ano, tanto para moradores quanto para visitantes.
